Black Sabbath mais emoção é fórmula do sucesso do Restart, diz Pe Lanza

Os integrantes do Restart rebateram as críticas disparadas pelo baterista do Angra e Shaman, Ricardo Confessori, publicadas nesta terça-feira (10), no odiario.com - leia as declarações. Ao escutar a definição dada pelo baterista, de que "Restart não é rock. É banda infantil", o grupo saiu em sua própria defesa. "Restart é rock sim, pô!", afirmou Tomas, dono das baquetas da banda emo, em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (11), no Hotel Deville, em Maringá.
Responsável pela outra guitarra, Pe Lu também rechaçou a crítica do Angra, ícone do heavy metal brasileiro. "Gostamos de críticas construtivas, mas, muitas vezes, recebemos comentários de pessoas que nem conhecem o nosso trabalho. Respeitamos o Angra e o Shaman, mas não é o que costumamos escutar", disse. O vocalista Pe Lanza ficou surpreso com a avaliação negativa de Ricardo Confessori. "O nosso técnico de som também trabalha com Angra", lembrou.
De acordo com a declaração de Ricardo Confessori, ele não proibiria seu filho de escutar as músicas da banda emo. "Mas, se ele só escutasse Restart, acharia muito estranho", contou o integrante do Angra. Quanto à posição paternal do baterista, Pe Lu concordou imediatamente. "Nós também escutamos todos os tipos de música. Eu, por exemplo, estudei guitarra popular, toquei Tom Jobim. Seria ruim, realmente, se uma pessoa escutasse apenas as nossas músicas", reconhece.
A relação dos emos com o heavy metal é mais íntima do que supõe a vã filosofia. De acordo com o vocalista Pe Lanza, a fórmula do sucesso do Restart está em unir o heavy metal clássico a boas doses de sentimentos.
"A gente escuta Black Sabbath e, em seguida, coloca a nossa emoção nas músicas", contou.
Para o vocalista do Restart, o conceito de rock vai além das guitarras distorcidas. "Para tocar rock, não tem que ser mau. Não é preciso ter pegada forte. Rock é emoção", defendeu